Cuidados com o câmbio automático
Sistemas automatizados sempre dão a sensação de que não precisam de manutenção, que vão funcionar para sempre sem problemas. Mas há risco de falhas.
No caso dos câmbios automáticos há dois fatores que exigem cuidados: o lubrificante da transmissão e o líquido do radiador.
Afinal, é preciso trocar o óleo do câmbio automático? No trânsito pesado ou quando eu paro no sinal, coloco a alavanca no N (Neutro) ou deixo no D (Drive)? Como devo proceder na hora que eu terminar de estacionar um carro automático? São tantas perguntas que resolvemos fazer um guia para lhe orientar como proceder para que você prolongue a vida útil da transmissão e não tenha prejuízos.
Cada carro tem sua própria especificação para a troca do lubrificante da transmissão. Deve ser feita, em média, a cada 30 mil km se for mineral e 50 mil km se for sintético.
Um sintoma que indica que o óleo “engrossou” (e precisa ser trocado) é quando o carro começa a perder rendimento ou começa a trepidar em arrancadas. Isso ocorre porque, se não houver lubrificação adequada, os discos de troca e os dentes do conjunto sofrerão mais com o excesso de fricção.
Se o prazo não for respeitado, o sistema pode superaquecer e quebrar. No trânsito, com o excesso de anda e para e as curtas distâncias, os componentes aquecem muito e o lubrificante pode não chegar à temperatura ideal – por isso, é bom ficar bem atento.
Além do lubrificante, é importante ficar atento ao arrefecimento do motor. A mistura que vai no radiador ajuda a refrigerar a transmissão, já que, se o propulsor superaquecer, o câmbio também fica quente.
Automáticos
O câmbio automático não tem embreagem. É um componente chamado conversor de torque que faz a ligação entre a caixa de transmissão e o motor. As marchas são definidas por engrenagens epicicloidais, popularmente chamadas de planetárias (diferentes daqueles presentes nos sistemas manuais). É por isso e o câmbio automático também é chamado de epicíclico.
As trocas das marchas são realizadas automaticamente, por uma central eletrônica, de acordo com a rotação do motor e a velocidade do veículo. Porém, não são tão rápidas quanto a dos câmbios automatizados de dupla embreagem. Por outro lado, o funcionamento é extremamente suave.
Os sistemas mais modernos já dispõem de oito ou até 10 marchas. Mas praticamente todos os mecanismos atuais, independentemente do número de velocidades, permitem que o motorista assuma o controle e faça as trocas por contra própria, de modo sequencial, por meio de toques na alavanca ou de borboletas localizadas no volante (que têm o nome técnico de paddle-shifts).
Câmbio automático do tipo CVT
E o CVT? O Continuosly Variable Transmission (Transmissão Continuamente Variável) é um tipo de câmbio automático, também acoplado ao motor por um conversor de torque. Todavia, seu princípio de funcionamento tem características muito específicas. Isso porque ele não conta com um número fixo de marchas: funciona como se tivesse uma infinidade delas.
Dicas para dirigir um automático
Descer na ”banguela”
Você deve estar se perguntando: “banguela em um carro automático? Como assim?” O negócio é que têm alguns motoristas que acreditam que colocar a alavanca no N (Neutro) durante uma ladeira é uma ótima maneira de economizar combustível. Só que eles se esquecem que essa atitude causa um esforço maior no sistema de freios. Pois, assim como em carro manual desengrenado, o câmbio não irá auxiliar o trabalho da frenagem.
A prática de colocar a alavanca em N ainda pode trazer um problema adicional: desgaste acelerado. É que o mecanismo dos câmbios automáticos trabalham sob grande pressão de óleo. Na “banguela”, essa pressão é bem menor, o que pode prejudicar a lubrificação, principalmente se o veículo estiver em movimento.
Ao estacionar em uma ladeira, primeiro puxo o freio de mão ou engato o P?
A pergunta determinante é: na hora em que isso ocorreu, você imobilizou completamente o veículo antes de engatar o P? Em 90% dos casos, a ação do motorista foi contrária: após estacionar, o motorista posicionou a alavanca no P sem freá-lo, ou até mesmo quando ele ainda estava em movimento. Ao estacionar, acione o freio de mão primeiro e só depois mova a alavanca para o P. Desse modo, a ação sempre será feita com o veículo completamente parado.
Para que serve o botão “S”
Câmbios automáticos podem também oferecer a opção “S” de “sport”, na alavanca. Em quase todos, a ideia é tornar a condução mais esportiva, “esticando” mais a rotação de motor em cada marcha antes de cambiar para a seguinte.
Preço
Todo esse cuidado tem um bom motivo, que é a saúde do bolso. Reparar o câmbio automático pode custar R$ 5 mil ou mais, pois exige a troca completa de juntas, anéis de vedação e até dos discos. Já a troca apenas do conversor de torque custa em torno de R$ 1,5 mil.
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